A Crise dos Pensamentos Gordinhos

Às vezes me pego pensando nas coisas que eu tive que abandonar para cumprir a minha meta. Freqüentemente, no meu diálogo interior, eu pergunto: será que eu vou conseguir viver sem isso? Será que vou resistir a todos os happy hours, a todas as festas de aniversários e seus deliciosos quitutes? Será que a cervejinha de sábado a tarde acompanhada de uma deliciosa feijoada ou uma porção de camarão empanado virarão lenda? E o fish and chips do Black Horse? Meu Deus .... quanta coisa boa fora da minha vida!

Estes pensamentos acontecem às vezes, principalmente quando me forço a recusar algo que gostaria de comer, mas como tudo é dual, após passar a crise dos pensamentos gordinhos, penso também que atualmente eu não conseguiria ficar sem a minha malhação matinal, que tenho realizado com muito prazer. Não me imagino sem meus caldinhos noturnos, deliciosos e eficientes. Também não quero ficar sem as minhas calças justinhas, as minhas regatas, os cintos,  e as fotos (que deixo de tirar por vergonha da minha imagem). Penso na piscina do prédio, no verão e na Manu querendo a minha companhia lá. Assim substituo o prazer de comer pelo prazer de ser quem eu idealizei ser. Sem contar no medo de ficar diabética, já que tenho histórico familiar, e no orgulho que sinto da minha mãe, que aos 56 anos é enxuta, saudável e flexível (graças a Yoga), gostaria de ser como ela.

A crise dos pensamentos gordinhos também pode ser um convite a sabotagem. Estou determinada a resistir porque no meu interior o diálogo sobre o bem estar é  mais coerente do que a vontade de me sabotar.

É isso aí, que venham as tentações.... rs. Só assim vou aprender sobre meus limites, minhas prioridades e meus porquês.

Referência de Imagem

Comunhão

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Percorrendo o caminho da boa forma, guardei um grande aprendizado: corpo e mente devem estar sincronizados, para que um não atrapalhe o outro.

Esta sintonia é uma meta muito difícil de ser alcançada, penso que o nosso grande desafio seja encontrar o ponto exato desta coordenação. Ouso dizer que trabalhar a mente tem sido mais fácil do que condicionar o corpo, talvez seja porque somos seres essencialmente racionais, daí a facilidade de lidar com a mente.

O corpo sedentário e com sobrepeso fica cansado, pesado, um fardo para ser carregado. Pensando nesta direção, tento entender a lógica de continuar a carregar este peso excessivo. Não tem lógica, há uma falta de coerência entre mente e corpo, entre o pensar e o exercitar, entre o refletir e o comer.

O que eu posso afirmar é que não adianta ser magro com cabeça gorda e tampouco trabalhar o corpo sem que haja em paralelo um planejamento para a mente.

A meditação é uma prática que pode ajudar muito. Seja realizando projeções dos resultados almejados, seja apenas para silenciar a mente. Ela proporciona descanso para ambos (mente e corpo). Como num passe de mágica é possível nos sentirmos revigorados e encorajados a manter o foco, apenas com a prática da meditação de 15 minutinhos.

Talvez emagrecer seja o desafio mais fácil dentro desta proposta de comunhão entre mente e corpo. Hoje percebo que quero muito mais do que subtrair 20kg do meu peso, busco a coordenação entre o que eu penso, o que eu quero e o que eu sou e espero refletir todo este pensar na minha imagem, através do meu corpo.

Aurora Boreal

Que ventos bons me trouxeram para cá (Bóreas). Estou amanhecendo (Aurora).

Sabe por que é mais difícil recomeçar do que começar? Porque o primeiro pressupõe desistência anterior ou fracasso, enquanto o começo traz em si todas as expectativas positivas do início, mas também a insegurança do incerto.

Inicio o meu relato dizendo que na verdade estou recomeçando uma jornada já almejada e percorrida anteriormente.
Um dia desses eu li uma frase de uma amiga, no Facebook, que dizia assim: se fosse fácil se chamaria engordar, mas como é difícil chama-se ex-namorado. Eu discordo. Não é fácil engordar, na verdade é bastante difícil ingerir tanta gordura a ponto de acumular o excesso. Emagrecer é mais fácil do que engordar, com certeza é. Requer disciplina, hábito e equilíbrio. O oposto dos requisitos necessários para engordar: indisciplina, maus hábitos e desequilíbrio. Na verdade nesta perspectiva acho até que engordar e emagrecer requer o mesmo esforço e os mesmos conceitos, mas de maneira antípoda.

O que sei sobre este assunto, e o que me interessa de fato, é que a minha felicidade está ajustada com o meu peso. Sim, estar mais magra ou mais gorda influencia e muito nas minhas condições de contentamento. Seja porque a auto-estima se eleva a medida que perdemos peso, ou porque um corpo saudável ajuda a mente a ser saudável também.
Chamo o processo de emagrecimento de jornada, serei submetida a várias aventuras, porque entendo divertido e lúdico pensar desta forma.
Comecei esta viagem há cerca de 20 dias, eliminei 3 kg, estou me condicionando para reeducação alimentar, fazendo exercícios ao menos 5 vezes por semana. Pratico Yoga (as vezes, ainda não estabeleci rotina para prática, mas será o meu próximo passo)e recorri a outras técnicas agregadoras como PNL e auto drenagem linfática.

Sei-me feliz assim, e este sentimento de satisfação pessoal supre a vontade de comer kilos, pacotes e porções enormes de bobagem.

Este chamado pessoal tem suas razões, que podem ser óbvias ou não. Isso é tão subjetivo. Certa vez o chamei de ‘o despertar’, mas agora gosto de pensar em amanhecer. Estou amanhecendo conceitos, atitudes e idéias, iluminando pouco a pouco a minha vida.